A Estratégia de Guerra

   
      Era uma vez dois reinos que entraram em guerra. Enquanto um deles tinha um pequeno exército, o outro era poderosíssimo com o número incontável de soldados. Era, portanto, uma batalha bem desequilibrada com resultado previsível.
      Os generais do reino em desvantagem se reuniram para tentar encontrar uma tática que pudesse salvá-los do iminente massacre. Mas, quanto mais pensavam nas suas chances e procuravam encontrar caminhos, mais se convenciam da impossibilidade de vencer aquele poderoso adversário.
      Não havia chance de paz, nem de vitória. O que fazer? Quando tudo parecia perdido, um velho sábio apresentou a solução do problema. Disse ele: “Senhores, assim como uma pequena fonte, no seu gotejar diário, forma um caudaloso rio, a fúria que move o exército de nossos inimigos e se espalha pelo coração de numerosos soldados também nasce de uma fonte. Existe no reino dos nossos inimigos, um ministro cujo ódio contra nosso povo vem de longo tempo. Ele cria histórias e influencia o coração do rei contra nós.”
      Assim, eles resolveram enviar naquela noite, um soldado disfarçado para se infiltrar nas fileiras do inimigo com a missão de matar aquele ministro. Entrando silenciosamente em sua barraca, colocou um poderoso veneno na botija de água. No dia seguinte, quando o homem tomou a água, veio a morrer em poucas horas.
      Eliminando a fonte, o caminho para a paz estava aberto. O exército mais fraco enviou uma comissão e negociou um acordo. A guerra sem solução estava resolvida.
      Quando Gideão se agonizava pensando na multidão de seus inimigos, 135 mil, Deus lhe disse: “Tu os ferirás como a um homem.” Ele não conseguiu entender essa palavra. Alguns dias se passaram e vários sinais lhe foram concedidos. No entanto, Gideão ainda pensava como agir, e na noite em que devia atacar, o Senhor o encontrou ainda medroso.
      Assim, o Senhor o enviou ao arraial dos midianitas onde ele, escondido, ouviu da boca de um sentinela a narrativa de um sonho. Neste sonho, um pequeno pão de cevada lutava contra o comandante e prevalecia.
      Estava provado. A luta não era um contra 135 mil, mas um contra um. Ou seja, Gideão contra o diabo. E quando Gideão agiu pela fé, isto é, obedeceu à Palavra de Deus, amarrou o diabo que agiu como um comandante a chefiar os midianitas e a vitória veio.
      Assim é na nossa vida. Ainda que sejam muitos os problemas, todos temos um inimigo: o diabo – o ladrão que veio para roubar, matar e destruir.

Fonte: Folha Universal

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